Mata-me

Mata-me com os beijos quentes,

Com o doce gosto de tua boca...

Me faz estremecer,

Me deixa louca,

Em meu ouvido a respirar...

Toma minhas mãos entre as tuas,

Colem-se nossas peles nuas,

Deixa nossos dedos vagar...

Envolve teu rosto com meus cabelos,

São teus, soltos,

Para vê-los,

Cortina de seda vermelha,

A te acariciar.

Estremece quando minhas mãos se espalmarem,

E meus dedos acariciarem,

Cada centímetro de tua pele,

Devagar...

E, enfim, me torna tua:

Tua amante,

Tua amiga,

Tua amada,

De alma nua...

E deixa a vida nos levar...

O amanhã é detalhe,

Nunca chega,

Nunca vale

O preço da separação que pode causar.

Mas isso agora não importa...

Cerrei as janelas,

Tranquei a porta,

Para o raiar do dia não nos alcançar.

Por isso vem,

Meu amor...

Esquece que o dia vem nascendo!

Me ama, em crescendo,

Me ama, até o corpo cansar...

E quando o sono nos vencer,

Ao fim do embate de Eros,

Adormece em meus braços,

Enrolando meus cabelos em teus dedos...

E ao despertar,

Me beija e recomeça de onde paramos,

Esquecendo de tudo que nos fizeram os anos...

E me ama,

Até decidirmos que o dia

Enfim irá começar...

Zannah
Enviado por Zannah em 28/09/2008
Reeditado em 29/09/2008
Código do texto: T1201571
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