Teu amor materno
Eu plantei em teu ventre livre
As prisões que em mim vive
Os calabouços da minh'alma agonizante
A luz que até então era distânte
Ví germinar em ti, nosso anjo
Nosso pequenino arcanjo
Uma parte nossa, porquanto existir vida
Uma bandeira branca, em nossa guerra perdida
Será o fruto querido do nosso ato
Do amor que ficou preso em nosso quarto
Empregna em nossa cama
Acho que é por ai, que se ama
Eu sei que tudo isto não será eterno
Por maior que seja o teu amor materno
Mais, que fique em nós esta lembrança
Que tua "luz", seja nossa esperança
Dedicada a minha Saldosa esposa Nelsa e ao nosso filho
Março/2006