Salva-me!

De toda sorte de vinhos bebi

E de todas as frutas provei

Ontem acordei entre os altares

Vestida de deusa e coberta de manjares

Percebi que não era mentira

O amor a este mundo me trazia

Tinha a meus pés os mais belos guerreiros

Eu era o motivo de seus devaneios

Uma bandeja de prata era-me servida

Os mais belos frutos nela continha

E eu cada vez mais me ludibriava

Não me lembrava quem amava

Pela grande porta um cavaleiro entrou

Não sabia quem era, mas de meu amor chamou.

Correndo eu sai

Não sabia onde estava ou porque estava ali

E ao meu encontro foi

E aos meus pés se jogou

Implorou o meu amor

E nos meus olhos olhou

Ofereceu-me um cálice de vinho

Não lembro se bebi

Sei que acordei em seus braços

E de ouro me cobri

À noite pelo castelo andei

E na luz da lua fiquei

Aprendi que de por amor

Vai-se de pobre a rei

Eu queria era viver meu momento

Sou rainha

Sou querida

Sou amada

Uma flecha sobre mim veio

E meu cavaleiro

Na minha frente veio

Morreu por mim meu grande guerreiro

Agora estava eu em desespero

Amei mas não intensamente

Perdi bruscamente

Chorarei eternamente

E desci ao inferno novamente

Andei por noites incessantemente

Nunca mais amei novamente

Fechei os olhos e tentei morrer inutilmente

Sou hoje uma abandonada esquecida pela vida

Amei tão pouco

E agora quero um amor pra toda vida

Mas se não puder peço desesperadamente

Mate-me

Retire-me desse pesadelo

O meu cavaleiro salve-me

Que me dou por inteiro!

A Confessora
Enviado por A Confessora em 02/09/2008
Código do texto: T1157830
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.