DESAFETOS

Tanto fui

feitor de desafetos,

que minhas penitências,

todas, se exauriram

em si mesmas e por si só.

Não há mais castigo

que possa reeducar

tal grotesco que bradei

contra sentimentos de dó.

Nem recompensa alguma

por insolente ato.

Mas, se pequei de fato,

do que não estou certo,

que me valham todas

as juras de amor e prazer.

Que me redimam do erro

de acreditar que amar é viver.

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 01/09/2008
Código do texto: T1156455
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