SONETO DA TERNURA
Quando lhe bater à porta a ternura
Abra que sempre será boa a visita
Esquece um pouco a amargura
Quem sabe não mudará a escrita?
Pode ser que a estada seja breve
Sobrevirá talvez nova desilusão
Mas, diga lá! Flutua-se, fica-se leve.
Dá um bem estar ao coração
Destrave os cadeados, fechaduras.
Todas as censuras que intimidam
E fazem tanta oportunidade passar
Se ameaças há de tumultos e diabruras
Muitos amores se encontram e lapidam
É preciso permitir a ternura adentrar!