SAUDADES DE TI

Quando não te vejo,

correndo toda a casa,

sendo um pequeno anjo,

desses mesmo sem asa.

Quando não te percebo,

sem teus tantos ruídos,

sinto um vazio aqui

nos tímpanos dos ouvidos.

Quando não te ouço,

com tua voz educada,

sou um surdo e mudo

à procura do nada.

Quando não te reconheço,

entre tantas criaturas,

sou mais um na multidão

que ao teu lado me aturas.

Quando não te sinto

com tua respiração rala,

és como um pequeno ser

percorrendo a singela sala.

2.003