Desejo que Palpita
Arde a minha boca em deslizes molhados.
Me queima e me palpita.
Pousa a mão no meu peito
E sente o efeito do teu beijo.
E quem diria, que surpresa: Derruba minha barreira.
Me doma e me abandona como há muito já fiz...
Faz-me provar do meu mal a raiz.
Mas não tenha medo, me permita.
Me beija e me palpita.
Nem me traduz.
Aproveita a meia luz e se entrega,
Não só de corpo. Você entende?
E de repente...
Eu já amo.
E vai embora o sono. E vai embora o mundo.
Desejo profundo.
Não quero tua fórmula, hei de te descobrir.
O corpo e a alma.
Quando teu colo me acalma, o desejo palpita.
Mas houve minhas palavras tontas, quentes e risonhas.
Sopra o calor dos teus sussurros, quero acreditá-los.
E tua morenidão cintilante
Crua e excitante!
Exala o perfume que me entorpece, me enlouquece e me apavora.
E agora a solidão é meu castigo.
Por não ter desistido de você.
Mas no próximo domingo
Eu te palpito. E te domino!
Farei acreditar em nós dois.
Feijão com arroz...
Paixão feroz.
E me pergunta se foi bom?
Vai ser melhor.
Aquela madrugada é só o início da estrada...
Ícaro Ianne