PAIXÃO EM ALEGRETTO
É quando te vejo
Meu homem e amor
Escravo e senhor
Que mais te desejo.
É quando me vens
Humilde e patrão
Cansada do sim
Às vezes digo não.
Me acaricias, me expulsas
Eu me agito, tu te escusas.
Umas vezes rio, outras choro,
Outras, até te ignoro.
Mas a volta
É sempre mais doce
Porque tu mel me lambuza,
Me gruda, me prega, me cega,
E eu fico doida de amor por ti.
É quando me olhas
Menino e homem,
Sexo forte,
Anjo e demônio
Maluquice, mito, mania,
Gostosa alegria
Eu páro e medito,
Repito
O que tantas vezes já foi dito.
É quando chegas
Criança bonita
Sem te anunciar
Minha cabeça se agita
Não querendo pensar.
Desejo apenas ter um luar
E tua voz
Para destoar do silêncio.