PAIXÃO EM ALEGRETTO

É quando te vejo

Meu homem e amor

Escravo e senhor

Que mais te desejo.

É quando me vens

Humilde e patrão

Cansada do sim

Às vezes digo não.

Me acaricias, me expulsas

Eu me agito, tu te escusas.

Umas vezes rio, outras choro,

Outras, até te ignoro.

Mas a volta

É sempre mais doce

Porque tu mel me lambuza,

Me gruda, me prega, me cega,

E eu fico doida de amor por ti.

É quando me olhas

Menino e homem,

Sexo forte,

Anjo e demônio

Maluquice, mito, mania,

Gostosa alegria

Eu páro e medito,

Repito

O que tantas vezes já foi dito.

É quando chegas

Criança bonita

Sem te anunciar

Minha cabeça se agita

Não querendo pensar.

Desejo apenas ter um luar

E tua voz

Para destoar do silêncio.

Zel Soares
Enviado por Zel Soares em 06/08/2008
Código do texto: T1116122
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