...

Quantas histórias em tão pouco tempo...

Quantas possibilidades cabem no seio de um mês?

O que ainda nos aguarda?

Os cenários mutantes e frenéticos

destroçando certezas e padrões

tantos amores em um amor sem nome

tantos caminhos e uma só direção

tantos verbos e predicados

os mesmos sujeitos...

Velhas-novas canções

despidas da pressa destes dias de vertigem...

Que tanto de luz cabe

no infinito das frases derramadas

em bancos de praças,

jaulas de desejos,

mesas de bar,

quartos de hotéis;

Diluídas nas águas do mar;

Desfeitas no vapor da Lua nas idas e vindas pela madrugada;

E, sobretudo, caladas...

Sim! quanta luz nas frases que calamos juntos!

Ornando de mudos sons-líquidos

o implacável fugir das horas...

Um beijo acaso

cabe num(dois) meses?

Acaso caberia num tempo qualquer?

E qual a idade de teu cheiro?

Quantas vidas cabem no sossego dum son(h)o

de amor que compartilhamos?

(HFD)

Harley Dolzane
Enviado por Harley Dolzane em 09/02/2006
Código do texto: T109829