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Quantas histórias em tão pouco tempo...
Quantas possibilidades cabem no seio de um mês?
O que ainda nos aguarda?
Os cenários mutantes e frenéticos
destroçando certezas e padrões
tantos amores em um amor sem nome
tantos caminhos e uma só direção
tantos verbos e predicados
os mesmos sujeitos...
Velhas-novas canções
despidas da pressa destes dias de vertigem...
Que tanto de luz cabe
no infinito das frases derramadas
em bancos de praças,
jaulas de desejos,
mesas de bar,
quartos de hotéis;
Diluídas nas águas do mar;
Desfeitas no vapor da Lua nas idas e vindas pela madrugada;
E, sobretudo, caladas...
Sim! quanta luz nas frases que calamos juntos!
Ornando de mudos sons-líquidos
o implacável fugir das horas...
Um beijo acaso
cabe num(dois) meses?
Acaso caberia num tempo qualquer?
E qual a idade de teu cheiro?
Quantas vidas cabem no sossego dum son(h)o
de amor que compartilhamos?
(HFD)