AMAR A LUZ DE UM LUAR
Em meu quarto, a janela entreaberta,
Sexta feira palpita-me forte o coração,
Deitada, sinto entrar porta adentro,
Vindo do barzinho o som de um violão,
A melodia de uma música romântica,
A tristeza também chega e se apossa,
Bate forte a saudade e me encanta,
É a falta de você, seu sorriso, seu olhar.
As noites são românticas oh! Poeta,
Vem sentir o frágil clarão desse luar.
Penso ser um desperdício está sozinha,
Pendurada aos raios de uma lua cheia,
Você poeta, sabe bem o que é isso,
E também sabe onde a dor permeia.
Encontro dissimulado, não trás a lua,
São porem, as noites aconchegantes,
Trás a nós, romantismo exuberante.
A madrugada sem a marca do tempo,
Sem hora para chegar e para partir,
Sem um começo marcado, nem um fim,
O tempo a parar, as horas inexiste enfim.
Como eu queria meu coração conduzir,
Ao tênue clarão de um luar apaixonante,
Ser livre em teu caminhar sobre a noite.
Oh! Lua amiga e da madrugada amante,
Deixe o homem a ti, livre para as serenatas,
Siga o poeta seu triste caminho errante.
Rio, 19 de julho de 2008.
Feitosa dos Santos