Não dês ouvidos
Não dês ouvidos
as baixas palavras,
elas são ébrias e tontas
quando estão altas.
São palavras adormecidas
mas isoladas do coração,
e quando expulsas
saem como agressões.
São palavras compridas
que encurta uma relação,
não são para serem ditas
quando não há razão.
São palavras cuspidas
que se limpa com um pano,
e não são conscientes
porque não saem do crânio.
Arrefeça a comida
e sirva-me um prato,
apague com carinhos
o fogo do mal.
Não lembro hoje
o que eu disse ontem,
não faça de um ruído
um barulho grande.
Esqueça o dito
e cicatrize o coração,
a língua fere
mas não tira sangue.
Não dês ouvidos
as baixas palavras,
elas são ébrias e tontas
quando estão altas.
São palavras adormecidas
mas isoladas do coração,
e quando expulsas
saem como agressões.
São palavras compridas
que encurta uma relação,
não são para serem ditas
quando não há razão.
São palavras cuspidas
que se limpa com um pano,
e não são conscientes
porque não saem do crânio.
Arrefeça a comida
e sirva-me um prato,
apague com carinhos
o fogo do mal.
Não lembro hoje
o que eu disse ontem,
não faça de um ruído
um barulho grande.
Esqueça o dito
e cicatrize o coração,
a língua fere
mas não tira sangue.