RECORDANDO O NOSSO AMOR

Não precisei de retrato nem de fisionomia,

apaixonei-me pelo que tu tens de mais sagrado:

uma paixão pela vida, uma ilimitada alegria,

que trouxe até mim, teu coração apaixonado.

Tua correcção no trato com os teus semelhantes,

deixou-me muito impressionado e dei graças a alguém,

por te ter conhecido – pessoa sem agravantes –

como até então não tinha conhecido mais ninguém.

E foste tão subtil, para comigo, retirando-me culpas,

que gente sem carácter, quis induzir-me,

que no fim achei por dever pedir-te desculpas,

pela malvadez, onde tentaram incluir-te.

Mas tu argumentaste sem nunca perder a razão;

e logo se foi, quem mal infortúnio, quis-nos trazer.

E bateu, bateu inquieto e forte, meu coração,

por tudo o que então me era dado a ver.

E desde esse momento, que soube que serias minha;

e que nada me faltaria a teu lado.

Ah, da plebe, em graça passas, indulta rainha!

eu… serei teu vassalo, príncipe, por ti enamorado.

Jorge Humberto

08/07/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 09/07/2008
Código do texto: T1072266
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