VOCÊ NÃO VEIO
Estou aqui de novo.
Espero tua vinda.
Nesta estação de inverno
do metrô, meus sóis de amor
vão se purificando na neblina.
A angústia do esperar
me modifica.
Torna meu ser escravo
do teu prazer.
Estou aqui de novo.
Mais uma vez.
E mais uma vez você não veio.
Mas não desisto.
O sangue que trago nas veias
não congela com o frio.
E o coração pulsa forte.
Só a morte me fará desistir.