Da janela do meu quarto

Da janela do meu quarto eu vejo o céu.

Vejo a rua parada e o som do silêncio inquietante.

Da janela do meu quarto eu vejo todas as cores dos sentimentos.

O azul de quando tudo está na mais perfeita harmonia.

O amarelo rico que te ilude e fascina.

O branco da paz interna radiante.

O vermelho da paixão ardente dentro do meu corpo.

O preto do ódio de estar sentindo ódio.

O rosa do amor mais lindo e puro que já existiu.

Da janela do meu quarto eu sinto a brisa leve no meu rosto.

Aquela brisa que carrega levemente as folhas no chão de um lado para outro.

Da janela do meu quarto eu vejo a tristeza e a alegria brigando para dominar nossos corações.

A ganância e a libertação disputando a conquista pelo ser humano.

Da janela do meu quarto eu vejo um rosto fino com contornos leves que me faz ir longe.

Que me faz ir além da janela do meu quarto.

Um ser que irradia luz e eleva minha imaginação ao maior ponto de equilíbrio.

Um ponto onde nada é impossível. Onde a vida real se confunde com a fantasia.

E ali, naquele lugar, com aquele ser, consigo ver todas as cores dos sentimentos.

Consigo ouvir o silêncio e sentir a brisa leve no meu rosto.

Ali, eu vejo além da janela do meu quarto.

Yara Barbosa
Enviado por Yara Barbosa em 12/06/2008
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