Amor Maior

Há um amor infinito que me constrange.

Que me faz enxergar toda minha pequenez e minha mediocridade.

Esse amor me invade, e me sinto indigno de senti-lo, de gozá-lo.

Todas as minhas falhas ficam latentes diante da minha face,

Não há como se esconder. Não há como negar.

Miserável homem que sou!

Mas este amor infindável,

Também me faz perceber

O valor imensurável que tenho;

Por mais absurdo que isto possa parecer.

Há algo em mim de especial?!

Pois ainda que imerecido,

Gozo deste amor!

Isto me traz um ânimo renovador.

Uma vontade que me invade

E me faz querer mudar

Melhorar.

Viver este amor.

O relógio me diz que o tempo passa.

Que não há tempo para indecisão.

Já se ouve o anúncio de que o navio vai partir;

Nele o meu amor,

E eu não posso ficar assim.

Fui prometido a este amor

Ainda antes de ser gerado.

Ainda antes que me formasse,

Por Ele fui comprado.

Sim!

Eu quero este amor.

Sim!

Eu aceito, sim Senhor!

Leve-me amor

Às águas tranqüilas,

Que refrigeram até a alma.

E não permitas, jamais

Que eu fuja.

Marcos Sodré
Enviado por Marcos Sodré em 10/06/2008
Código do texto: T1027490
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