Prisioneiro

Este aqui é mero escravo, liberto,

apegado as algemas e labutas do amor.

Muito mais luvas do que amarras.

Mais quero querer que quero mais.

São bem mais de fadas, a tomar

de súbito meus braços vítimas,

do que de justiceiras, na detenção

de um réu confesso, essas mãos.

Ah...essas mãos que não puderam,

sob a cortina da estima, imaginar

que eram pedidos, convites irrecusáveis,

ao invés de imposições irredutíveis.

Essas mãos que, sempre abertas,

sempre algemas sem chaves nem fechaduras.

Fá Gonçalves
Enviado por Fá Gonçalves em 31/05/2008
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