Prisioneiro
Este aqui é mero escravo, liberto,
apegado as algemas e labutas do amor.
Muito mais luvas do que amarras.
Mais quero querer que quero mais.
São bem mais de fadas, a tomar
de súbito meus braços vítimas,
do que de justiceiras, na detenção
de um réu confesso, essas mãos.
Ah...essas mãos que não puderam,
sob a cortina da estima, imaginar
que eram pedidos, convites irrecusáveis,
ao invés de imposições irredutíveis.
Essas mãos que, sempre abertas,
sempre algemas sem chaves nem fechaduras.