Durante você.
Quando me pega
Numa síntese de entrega
De amor me rega
Não sossega
Não se arrega
Se esfrega
E assim na rigidez de um soco
Um ato um sopro
Um fardo louco
De muitos pensamentos
Te sinto em poucos
Como estorvos
De algo banal
Logo me rendo
Retiro-me sem medo
No ventre recebo
Uma semente de amor
Roçando suas costas
Minha pele exposta
Junto ao entardecer
Soprando e querendo
Julgando e fazendo
De medo morrendo
Só me resta clamar
O hálito fresco
O respingar do desejo
Tenhamos lampejos
Do dia raiar
De um sonho acordado
O seu poder fracassado
Querendo o pecado
Estado acabado
Julgando o culpado
Sem ter nem passado
O querer entregado
Na rua arrastar
Lençóis são turbantes
De um ego do mar
Suar radiante
A pele a escutar
Seu grito excitante
E algo a entregar
E assim toca
Sufoca
Afoga
Esnoba
Desdobra
Renova
Esse eu a me entregar
[Atendendo á pedidos]