Pietra
Pietra,
Lembro-me bem da tua meninice,
Da tua alma brincalhona e serena.
Não havia razão para sofreres,
E nos parecia o mundo um circo!
Contigo aprendi a sorrir quando devíamos chorar.
Vi as cores mais vivas; senti o sol, o vento,
Como se nunca os tivesse sentido...
Pietra,
Eras ainda uma criança,
Trouxeste para hoje a alegria da infância?
Consegues olhar para a vida e gargalhar como fazias?
Tudo em ti era luz e graça;
Rias de tudo, inclusive de mim.
Tinhas o brilho de uma pequenina Deusa,
Uma estrela distante que do mundo zombava.
Pietra,
Se pudesse te chamar, te chamaria,
Para ter coragem de ignorar aquilo que me apavora,
E para juntos rirmos de tudo o que me faz chorar.