DESLIGANDO O SOL... (Dedicada ao amigo Everton Cerqueira)

O sol por trás das gordas e escuras nuvens,

Nublagem de verão.

Encontrou um lugarzinho para brilhar,

Como uma moeda de ouro bem polida.

Parecia um buraco dourado no céu!

Era fim de tarde, e ele foi escorregando

Pelo horizonte, num mesclar delicioso,

De púrpura, dourado e lilás!

Parecia uma explosão em câmara lenta,

De cores em um degrade fascinante!

Despedia-se o dia.

Era o final da tarde,

Que bocejava sonolenta pensando no amanhã.

O velho amigo dizia até amanhã para nos,

E também bom dia, chegando no outro lado, ao mesmo tempo.

Lá se vai o colorido artificial, como diz meu amigo Everton.

Artista plástico e poeta, que me desvendou o mistério das cores

Com ele aprendi, a não acreditar em como

A natureza mostra-se para nos, principalmente pelo dia.

O dia que nada mais é senão o próprio sol,

E nos dedica tamanha ilusão de ótica.

De que o céu é azul, que as águas dos mares mudam de cor

Que a distância é cinza, que o arco-íris esta pregado no ar

E diz que a noite é escura, quando na verdade

Ela está apenas apagada...

SSA... 14/01/2008....VERÃO... TARDINHA!