Cantemos

Cantemos, que não há melhor remédio

À sombra que nos aguarda

Do que bebermos, amigo,

Os cálices dionísicos.

Tira a voz do teu peito!

Alimenta teu coração,

O vinho rega-te as faces,

O fumo adentra teus pulmões.

Obra com maestria teu verso,

Canta alto às planícies e serras,

As canções que aprendeste,

O brado de teu sofrido peito.

Te ouvirão anjos e pássaros,

Um que outro poeta acorda encantado,

Se de teus amores prevalece uma mágoa

Há de falardes a língua dos seres.

Até as montanhas graves te reverenciarão,

Com nuvens rasas e leitosa cerração,

Que, como margaridas se deitam sobre o gramado,

E toda natureza há de prestar-te veneração.

Pasquali
Enviado por Pasquali em 08/07/2024
Reeditado em 09/07/2024
Código do texto: T8102524
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