Quando os tempos eram de reis e cavaleiros 

E gestos nobres ao  gracejo da nobre dama 

Uma guerra, dois soldados, uma irmandade nascia 

Que nas batalhas o escudo e a espada um ao outro protegeria 

 

A roda do destino virou na poeira das eras 

Novos tempos, outras vestes, idade sombria 

A ignorância suplantava a luz da razão 

Uma mulher inocente, um sacerdote fiel e a verdade vencia a fogueira da inquisição 

 

 

Da longa viagem desembarcava uma nau 

As grandes navegações descobriram novas terras 

Um mercado de escravos, senhores de engenho e capatazes se dividiram 

Nesta época não houve lugar para que a flor da amizade crescesse 

 

Uma praia, céu azul, uma menina caminhava a catar conchinhas 

Do outro lado do oceano um menino olhava curioso o horizonte 

Uma saudade, uma voz, um chamado soprava ao vento 

E falava de duas almas que como irmãos se uniriam 

 

A menina logo se fez moça faceira é bonita 

O menino viajou para muitos lugares a conhecer o mundo 

Na realidade virtual que na vida hoje impera 

O reencontro com a verdadeira amizade se refez numa poesia 

 

Leovany Octaviano Soares
Enviado por Leovany Octaviano Soares em 16/04/2023
Código do texto: T7765283
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