Quando os tempos eram de reis e cavaleiros
E gestos nobres ao gracejo da nobre dama
Uma guerra, dois soldados, uma irmandade nascia
Que nas batalhas o escudo e a espada um ao outro protegeria
A roda do destino virou na poeira das eras
Novos tempos, outras vestes, idade sombria
A ignorância suplantava a luz da razão
Uma mulher inocente, um sacerdote fiel e a verdade vencia a fogueira da inquisição
Da longa viagem desembarcava uma nau
As grandes navegações descobriram novas terras
Um mercado de escravos, senhores de engenho e capatazes se dividiram
Nesta época não houve lugar para que a flor da amizade crescesse
Uma praia, céu azul, uma menina caminhava a catar conchinhas
Do outro lado do oceano um menino olhava curioso o horizonte
Uma saudade, uma voz, um chamado soprava ao vento
E falava de duas almas que como irmãos se uniriam
A menina logo se fez moça faceira é bonita
O menino viajou para muitos lugares a conhecer o mundo
Na realidade virtual que na vida hoje impera
O reencontro com a verdadeira amizade se refez numa poesia