O Largo
Paralelepípedos cinza no chão
Velhos casarões
Caminhos desconhecidos
Dois jovens perdidos
Passando a noite pelas ruas
Prosas trocadas aos ventos
Risos ecoando nas vielas
Será que eles queriam voltar pra casa?
Uma banda de rua começa a tocar
Eles param, olham e escutam os sons
O casarão antigo a colorir na noite com luzes
Curtem como se fosse o último dia
Ele a chama para correr pela praça central
Ela pede a ele mais calma, mas o fôlego
Era intenso demais para deixar escondido
As nuvens começam a surgir
O lavar das almas caem em seus corpos jovens
Gotas cristalinas
Eles formam grandes fossas ao correrem
Escondem-se debaixo de uma telha
Olhares para o céu
A paz encontrava o caminho
E a cortina de água some
Borboletas noturnas
Os dois jovens fogem
Para o além das ruas