LÍNGUA PORTUGUESA, O IDIOMA DA AMIZADE

Palavras trazem alma

Alma revela o afeto

Do amor sempre por perto

O amor fala a verdade

Nossa língua portuguesa criou a palavra saudade

E de saudade eu não sofro

Tenho amigos que me conheceram através das minhas palavras de alma iluminada pelo amor.

Uma amiga em Moçambique,

Tão alegre e lutadora

Povo caloroso da África,

Libertação que é mais amor, e não é segregação.

Tenho também um amigo de Portugal

Que em sua rádio divulgou meus poemas para os irmãos lusitanos

Que entendem de felicidade

Cantam o amor,

O amor que é fogo

Que acende nossa alma

E nos faz viver.

Tenho amigos no Nordeste brasileiro,

Onde está minhas origens.

Berço de poetas

Que se reinventam nesta vida dura

Forró, canto do sabiá,

Pé de serra vou cantar

Vou dançar xaxado

No palhoção do Só Canela.

Tenho amigos paulistas que lêem meus poemas com o olhar atento

E com a alma transbordando no mais lindo sentimento

Os paulistas são amigos, acolhem todos os povos como um só coração.

E toda a gente do Brasil, de Norte a Sul, em cada lugar um amigo vou encontrar.

Uma amiga paraense

Que se identificou com minha alma e quis me tirar da solidão,

Falou assim: Não quero te ver tão só!

E me chamou para dançar um carimbó.

Índios de todas as tribos

Pataxó e Puri

como minha amiga capixaba descendente dos puris

De coração selvagem e tanto amor ao mesmo tempo.

E o tempo voa e me mostra o tanto de amigo que fiz nesta minha trajetória.

Tudo começou lá na flor da minha juventude quando fiz amizade com um grupo de angolanos que me ensinaram o grito de guerra deles, a guerra pela paz, o grito de alegria pela boa receptividade aqui no Brasil.

Aqui formaram-se médicos

E com eles aprendi que é

Na boa alma onde se acha a cura.

E eu abro meu coração

E declaro meu amor pela nossa língua portuguesa,

Todos os povos irmãos,

Nossas almas unidas falando o mesmo idioma,

O idioma do coração,

Da saudade,

Do amor e da felicidade.

( Autor: Poeta Alexsandre Soares de Lima)

Poeta Alexsandre Soares
Enviado por Poeta Alexsandre Soares em 10/06/2020
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