No teu olhar

Vejo desertos

No meio de cinzas

A tentar voltar a florescer

Porque diz essa lei não escrita

Que para algo nascer

Antes algo tem que morrer

No teu olhar

Vejo barcos perdidos

Com a esperança de regressar

Vejo gente caída

Que nunca perderá a vontade de se levantar

No teu olhar

Vejo a saudade reprimida

Que tem medo de se manifestar

Vejo um beijo perdido

Que tardas a dar

No teu olhar

Não vejo o futuro

Porque o futuro se constrói

Nos dias com quem passamos

E com quem gostamos de estar

Não vejo o futuro

Porque vejo um vazio no teu lugar

Porque o futuro

Para Ti

É uma palavra que gostas de adiar

O futuro é um presente

Escondido

Que escolheste para morar…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 07/07/2019
Código do texto: T6690340
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