No teu olhar
Vejo desertos
No meio de cinzas
A tentar voltar a florescer
Porque diz essa lei não escrita
Que para algo nascer
Antes algo tem que morrer
No teu olhar
Vejo barcos perdidos
Com a esperança de regressar
Vejo gente caída
Que nunca perderá a vontade de se levantar
No teu olhar
Vejo a saudade reprimida
Que tem medo de se manifestar
Vejo um beijo perdido
Que tardas a dar
No teu olhar
Não vejo o futuro
Porque o futuro se constrói
Nos dias com quem passamos
E com quem gostamos de estar
Não vejo o futuro
Porque vejo um vazio no teu lugar
Porque o futuro
Para Ti
É uma palavra que gostas de adiar
O futuro é um presente
Escondido
Que escolheste para morar…