O REENCONTRO

Saí do túnel do tempo,

e novamente veio me rodear o intento.

Pensei que o caminho estava extinto,

mas ele me vigia, eu o pressinto.

Os dias passados me valeram;

eles nunca me entristeceram.

Tenho por aqueles dias um íntimo apreço;

eles não têm preço.

Saí do túnel do tempo,

e o meu coração não estava doendo,

quando você veio correndo

para pronunciar o meu nome!

Pedi para que me recontasse as histórias!

Você não as esqueceu,

você as salvou da escória!

Em você as prendeu.

Adorei lhe reencontrar,

mas preciso seguir, não quero lhe desapontar.

Guarde o caminho com você,

para que as histórias o trilhem, e continuem a sobreviver.

Pensei que nunca mais iria lhe encontrar

e o meu nome não iria pronunciar!

A saudade já me desapertou,

pois o nosso reencontro a desprezou.

À velha amizade quero me ligar;

procure me telefonar,

para que o meu coração não doa,

e que o nosso reencontro não seja uma coisa à toa.

- Gabriel Eleodoro

Rio de Janeiro, de 12 a 28 de setembro de 2000.

Gabriel Eleodoro
Enviado por Gabriel Eleodoro em 02/05/2016
Código do texto: T5623495
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