Ponto para Fábio-Poema
Tambores sagrados batucam teu peito
sangue fervente,
aquecido no fogo dos exageros,
coreografa danças circulares
desde o fio do cabelo
às unhas dos teus pés.
Perambulas pela tenda de poesia
a tragar o intenso
baforar palavras
cabeça batida no congá da vida.
A poesia?
Em reino.
Versos incorporados
O morno na boca do sapo
suturada com fios de alta tensão.
Oferenda essa essência, seu moço!
Alimenta as encruzilhadas!
Que o povo passa,
o povo toca,
se toca,
encontra.
Arrebanha teus cambonos,
pai dos terreiros de minh’alma!
E segue
o corpo fechado ao que é morno,
a alma, portal aberto.
Para Fábio Gondin, guardador dos rebanhos verseiros.