POEMA DA AMIZADE - (dueto)
ANTONIO TAVARES DE LIMA/ AILA BRITO
Amiga,
Minhas pernas já fraquejam,
Os meus olhos já marejam,
Já não sinto o mesmo tato.
O vento uiva gaiato
Impedindo os meus passos
Que agora são muito curtos.
Onde andam meus amigos
Que prometeram os abrigos,
Quando a velhice chegasse?
Ela está beirando agora
Minha força vai embora,
Ó minha amiga o que faço?
Amigo,
Se tuas pernas já fraquejam,
E os teus olhos já estão a marejar,
Dou-te o tato em mão amiga,
E o vento gaiato há de passar;
E os teus passos os deixará livre,
Para um novo caminhar.
Dos amigos? Aqui estou,
Pronta pra te abrigar.
Mas, despe-se da velhice,
Manda-a pra bem longe, vagar,
Tuas forças retornarão
Ó meu amigo, meu coração te amparará!