Contigo…
Nos abismos
Para onde derivas
Para onde cais
Depois de naufragares
E descobrires que afinal sabes muitas coisas
Mas nunca soubeste nadar
Nos abismos
Lá estou eu
Para a tua queda amparar…
No céu
No limite deste
Onde vais
Cada vez que pensas que o céu não é o limite
Lá estou
Para te dizer
Que nada acima do céu existe
E que Ícaro perdeu as asas
E foi parar aos abismos
Por achar tal errado
Tornando um simples e belo voo
Em algo letal
Em algo demasiado complicado…
Na fronteira que divide as lágrimas dos sorrisos
Lá estou eu
Para te dizer
Que mesmo nas grandes dúvidas
Nas grandes cisões
Nunca deixarei de estar contigo
Desde que faças o mesmo
E vejas no meu estado de alma
Não um sinal de alarme
Não um sinal de perigo
Mas algo
Intrinsecamente genuíno…