Quando Alguém Enfim se Cala…
Há um eco de vácuo
Que ecoa
Pela eterna madrugada
Um algo que não pode ser substituído
Quando Alguém Enfim se Cala…
Um silêncio no céu
E a impossibilidade garantida
Terminal
Que o teu sonho
Jamais será o meu…
Palavras ditas que se perdem
Na certeza
Que elas jamais irão ser concretizadas
Um espaço comprometido
Um espaço deixado vago
O nosso espaço
Aquele onde deverias estar comigo…
Um instante diluído
Para toda a eternidade
Um instante que passou
E que nunca mais será repetido…
Um olhar
Uma voz
Que poderão ter sido registados
Mas que estão por isso congelados
Petrificados
Por estarem mortos
Serem apenas uma sombra a quem pertenceram
Registos mórbidos
Destinados a perpetuar quem partiu
Mas que em vez de colmatarem
Ainda aumentam mais
Esse Enorme Vazio…