Há uma fronteira…
Entre aquilo que desejo
E aquilo que te quero dizer
Porque apesar de serem coisas que nos deveriam começar a libertar
Essas coisas também
Poderiam fazer
Que começássemos a morrer…
Há um traço indistinto
Invisível
Entre o que tu és
O que eu sou
Traços da nossa individualidade
Que jamais se devem fundir
Porque o nosso Todo
Tem que ser procurado noutro lado
Porque essa fronteira
Define entre o que te dou
E entre o que eu realmente sinto…
Uma barreira invisível
Que fará com que nunca me digas aquilo que sinto no teu olhar
Servindo os teus lábios
Para nos unir
Mas também para nos separar
Ou para nos proteger
Porque no dia em que disserem o que não queremos ouvir
Sabemos
Que apesar de toda a nossa estima
Longe um do outro
Teremos que procurar
O nosso lugar…
Tem de existir sempre uma fronteira…