Não sei…
Para onde vou
Sei apenas que vou para qualquer lado
Não a mando de outros
Mas a meu mando
Mas nos meus pés
Vou e não sou mandado
E por isso mantenho intactos os princípios da minha Fé…
Que horas são
Não me rejo pelo tempo
Que tem o mundo controlado
Não para se fazer o que se deve fazer
Mas para fazer
O que nos é ordenado
E por isso não tenho relógio
Procuro não ter noção do tempo que faz
A não ser o da natureza
Porque quando chove sem que o preveja
Tal me dá uma secreta paz…
As tendências da moda
Os pensamentos políticos
Que um dia surgirão
Meros instrumentos de controlo
Que nos cortam as asas que nos restam
De uma possível libertação
Que nos cinge a própria imaginação
Estando no mundo
Obedecendo às ordens da sociedade
Mas apenas aquelas
Que permitem que o homem viva em paz com o seu vizinho
Que o homem preze e goste dessa socialização
Desprezando tudo o resto que nos é imposto
De uma forma bem subliminar
Mas não deixa de ser imposto
Dizendo que vivemos na mais bela democracia
Que
Quando obedecemos a tudo isso
Vivemos é numa espécie
De difusa
Mas bem real prisão…