Não sei…

Para onde vou

Sei apenas que vou para qualquer lado

Não a mando de outros

Mas a meu mando

Mas nos meus pés

Vou e não sou mandado

E por isso mantenho intactos os princípios da minha Fé…

Que horas são

Não me rejo pelo tempo

Que tem o mundo controlado

Não para se fazer o que se deve fazer

Mas para fazer

O que nos é ordenado

E por isso não tenho relógio

Procuro não ter noção do tempo que faz

A não ser o da natureza

Porque quando chove sem que o preveja

Tal me dá uma secreta paz…

As tendências da moda

Os pensamentos políticos

Que um dia surgirão

Meros instrumentos de controlo

Que nos cortam as asas que nos restam

De uma possível libertação

Que nos cinge a própria imaginação

Estando no mundo

Obedecendo às ordens da sociedade

Mas apenas aquelas

Que permitem que o homem viva em paz com o seu vizinho

Que o homem preze e goste dessa socialização

Desprezando tudo o resto que nos é imposto

De uma forma bem subliminar

Mas não deixa de ser imposto

Dizendo que vivemos na mais bela democracia

Que

Quando obedecemos a tudo isso

Vivemos é numa espécie

De difusa

Mas bem real prisão…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 27/07/2012
Código do texto: T3799330
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