E nós não sabemos Nada de Nada…

Quando nos encontramos juntos naquela madrugada

A ver ecos distantes de uma guerra

Que por espelho também é a nossa

A nossa

Em frente de toda a gente

Mas que ser quer bem privada

Sentindo-nos então brutalmente ignorantes

E nós não sabemos Nada de Nada…

Sabendo que cada explosão

Possuía e possui o sentido metafórico

De ser uma mera emoção

Revelada

Que ou não queríamos

Ou não sabíamos exprimir

E nós não sabemos Nada de Nada…

Imaginando palavras

Lágrimas arrancadas á força

Pela força maior de não querermos tal brotar

Pois decidimos ser sujeitos passivos da vida

Decididos pela vida esperar…

E por isso deixávamos o sol nascer

O sol morrer

A lua brilhar

Os rios correrem livremente para o mar

Deixando tal

Sem de tal querermos a razão de tal indagar…

Levando tal ao extremo de fazermos o mesmo com os nossos sentires

Com as nossas emoções

Fazendo do que deveria ser um objecto de libertação

Nós

A maior de todas as prisões

Sendo inútil termos aquilo que certos chamam uma Alma Maior

Uma Alma Apaixonada

Por não lhe sabermos dar o devido uso

Nós não sabemos Nada de Nada…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 25/07/2012
Código do texto: T3795853
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.