Há certas alturas…
Em que quando chegamos
Temos a sensação que é hora de partir
Em que quando queremos algo de belo
A última coisa que temos de quem gostamos
É aquilo que não nos dá:
Meramente sorrir…
E nós bem abraçamos
Com a força sensitiva e emotiva
De que não estamos a abraçar apenas uma pessoa
Estamos a abraçar todo um mundo
Mas quando queremos sentir esse alguém
Sentimos apenas a sua ferida
Reparando então que apesar do corpo responder de forma instintiva
A sua alma está oca
Está plenamente vazia…
E assim os braços
Os abraços
Perdem todo o seu significado
O vazio do outro lado acaba por nos tocar
E sentimo-nos parvos por termos que partir
Apesar de termos acabado de chegar…