Leva-me…
Até ao centro do teu comando
Onde são decididos os teus actos
Após aturada
Prolongada e inútil discussão
Leva-me ao centro de tudo
Para lhe falar olhos nos olhos
Directamente ao coração…
Leva-me nos teus braços
Colo primordial de tudo
E no meio dos quais
Voluntariamente sem defesas
Tanto gosto de sonhar
Perante a tua incapacidade
De apesar de os olhos dizerem o contrário
Não seres capaz
De no que eles corre
Ou ocorre
Seres capaz de verbalizar…
Trocamos assim de papéis
E de protector
Passo a protegido
Pois só a delegar-te este tipo de poderes
Sei que te tenho comigo…
Apesar de nestas alturas
A altura do teu poder
Da tua ascendência sobre mim
Seres incapaz de falar
Notando eu no entanto
Que o teu olhar
Possui essa vontade
Que é tão possível
Como a terra se fundir com o mar…
E assim
Sussurro
Sem qualquer tipo de imposições
Fazendo meramente um pedido
Te toco suavemente na pele
E te digo com ternura ao ouvido
Para me levares ao teu centro
Para me poder fundir com ele
Para perceberes que o amor
São mais do que palavras
São gestos de confirmação
E por isso te peço para me levares ao local
Onde tudo possa mudar
Se a mensagem for bem clara
O que só ocorre
Quando sentes
Que falo olhos nos olhos
Com o teu indefeso coração…