E a chuva sucede ao vento…

No ciclo natural das coisas

Na grande roda da natureza

E eu gosto de ti

E disso eu sei que tens a mais absoluta certeza

Embora tal visualmente sofra alterações

Mas assim como a chuva sucede ao vento

Os meus sorrisos sucedem os mutismos

Porque tudo sabe melhor

Quando não são lineares

São mutáveis

Certos tipos de expressões…

E o vento sucedeu a trovoada

E a trovoada representou o auge da tempestade

E depois do seu pico

Tudo começou a melhorar

E os mutismos sucederam as palavras

Que de alguma forma

Te costumam magoar

Palavras necessárias

Palavras ditas

Porque sem trovejar

O vento não apareceria daquela forma

Nem a chuva

E depois o sol

Sabendo tu

Que a seguir aos sorrisos

Virá quem gostas na sua plenitude

Porque também assisto às tuas tempestades

Sem necessariamente mudar de lugar para as evitar

Eu assisto e vivo essas

Porque tal como as minhas

Fazem parte da nossa forma de ser

Da nossa forma de comunicar

Porque só saberemos dar real valor à bonança

Quando no olho da tormenta

Olharmos tal com normalidade

Porque o afecto é um todo composto de diversas partes

Que temos necessariamente de saber apreciar…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 02/06/2012
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