Não posso ligar…
Às tempestades que sobre nós se abatem
Que sobre nós estão sempre a desencadear-se
Eu não posso ligar
Que se ligasse
Desligava-me do mundo
E colocava toda a agente
E até a mim de parte…
E assim não ligo
Às correntes alternativas
Que podem influenciar o nosso comportamento
E só ligo
A quando não sinto a tua ligação comigo…
Porque se fizesse tal
Se a tal desse o mínimo de relevância
Passava várias vidas
A tentar concertar ligações
Que foram meros pontos de contacto ocasionais
Situações pontuais
Que se fazem
E perdem no tempo
Para dar energia ao que nos é mais fundamental
Mas que quando falta
Precisamos de uma fonte de energia de emergência
E por isso a nossa existência
De uma forma figurada
E ao mesmo tempo bem real
É um desligar eterno de interruptores
Que nos permitem estar ligados
Ao que sentimos que nos faz bem
Que nos dá choques suaves
E retemperadores
Que nós dá prazer
Acima de todas as dores…