Diz-me…
Quando estiveres a chegar
Pois posso pensar que estás a partir
E ir para o cais da estação
Quando deveria estar num aeroporto
Pois quando chegas
Chegas sempre de avião…
Peço-te que me alertes
Que a tua euforia
É de contentamento
E não uma manifestação de fúria
Pois eu por vezes
Tenho o dom amaldiçoado
De em te querendo agradar
Te tocar em certas
E proibidas feridas…
Alerta-me portanto
Que o vermelho que usas
Não é sinal de proibido
Sinal de interdição
Mas sinal de revolução
Que queres que façamos juntos
Pois tudo muda
Para sempre
Até à próxima colisão
Quando juntos
Assumimos
E queremos celebrar a nossa união…