Um Canto…
Por muita gente
Mas também
Por quem
Por muito que o tente
De forma racional
Ou de forma inconsciente
Não consigo esquecer
E que os sentidos
E não a razão
Me dizem
Que terei comigo
Terei dentro de mim
Essas pessoas
Até ao dia em que desaparecer…
Um hino de fruição
Um grito abafado
De satisfação
A quem nunca me deixa só
Mesmo que me sinta mergulhado
No meio da solidão…
Uma melodia assobiada
No meio da multidão
Não a minha música
Mas a música de quem me estima
Apesar de demasiadas vezes
Não dar sinais que me sinto estimado
A música é para essas pessoas
Que me permitem considerar a vida doce
E não amarga
Pessoas a que chamo mais do que amigas
Pessoas a quem chamo camaradas…
E assim canto por elas
Em todo e qualquer lugar
Porque essas pessoas não possuem um local definido
Estão também estão
Onde eu costumo estar…