Palavras de Porcelana…(Poema 3500...)

Há coisas

Que te queria dizer

Mas a minha facilidade de expressão

Fica em terra

A ver as palavras formarem-se

Algures sobre o mar

Onde está a minha vontade

Perdida

De nunca de ti me separar

E essa vontade dá-me vida

Mas ao mesmo tempo

Me faz naufragar…

Olhar essa porcelana

Que o tempo

Não vai permitir que envelheça

A pele talvez

Mas a mente

Será saudavelmente

A de uma criança…

Criança adulta na qual me revejo

Cada vez que falamos

Ou quando te vejo

Sentindo a alma pular

A certos patamares

Que dizem interditos

Quando se entra na maioridade

Aqueles patamares

Onde sentimos imenso

E temos necessidade de dizer tal

Tal como crianças

Mas depois de uma certa idade

Passa a ser vergonhoso

Expormos desta forma a nossa interioridade…

Que misturamos com o que aprendemos já crescidos

Mas não deixando de ter o fascínio

Dos mais pequenos

Pelas coisas

Que dizem não valer importância

E assim nós vivemos

Entre dois mundos

O crescido

E o da infância

Onde eu te descobri

Misturada nos dois

Onde me fascinei

Por me rever no que és

Gostar mais do que sei dizer

Pela tal dificuldade

Em me expressar

Em certos domínios

Mas aqui

No recanto das palavras escritas de uma forma solitária

Quero que saibas

Que sinto quando não estás

Mesmo quando pareço dizer o contrário

Quero-te dizer

Que estarei sempre contigo…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 11/05/2012
Código do texto: T3661385
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.