São lágrimas de porcelana…
Que deitas para o mundo
Mas que me soam bem cristalinas
Como as do resto do mundo
Quando mas deitas junto aos meus ouvidos
O seu som é de água
Pois é de água
Todo o seu sentido…
De água
Que vem da sua fonte
Algures nas montanhas
Distantes
De água
Que vai a caminho do seu destino
De água
Que vai a caminho do mar
Enquanto algumas gotas
Se perdem
Ou se ganham
Quando lá calha
Alguma dessa água se evaporar…
Ou meramente ser bebida
Ser usada
Água
Que é fonte de vida
Mantém a vida
Pois nunca é desperdiçada
No seu ciclo de vida
Esse liquido
Esse fluido
Tem toda a lógica
E mais ainda possui
Quando estás comigo…
E por isso essas lágrimas de porcelana
Até podem ser de tristeza
Mas para mim são fonte de felicidade
Porque confiaste em mim
Ao ponto de as deitares
No recanto do que somos
Sem que ninguém veja tal
E assim essas lágrimas
São para mim
Iguais a tudo
Iguais a ti
Algo
Bem real…