São lágrimas de porcelana…

Que deitas para o mundo

Mas que me soam bem cristalinas

Como as do resto do mundo

Quando mas deitas junto aos meus ouvidos

O seu som é de água

Pois é de água

Todo o seu sentido…

De água

Que vem da sua fonte

Algures nas montanhas

Distantes

De água

Que vai a caminho do seu destino

De água

Que vai a caminho do mar

Enquanto algumas gotas

Se perdem

Ou se ganham

Quando lá calha

Alguma dessa água se evaporar…

Ou meramente ser bebida

Ser usada

Água

Que é fonte de vida

Mantém a vida

Pois nunca é desperdiçada

No seu ciclo de vida

Esse liquido

Esse fluido

Tem toda a lógica

E mais ainda possui

Quando estás comigo…

E por isso essas lágrimas de porcelana

Até podem ser de tristeza

Mas para mim são fonte de felicidade

Porque confiaste em mim

Ao ponto de as deitares

No recanto do que somos

Sem que ninguém veja tal

E assim essas lágrimas

São para mim

Iguais a tudo

Iguais a ti

Algo

Bem real…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 09/05/2012
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