A Nossa Casa…
Ir ao encontro do impossível
Tendo como único objectivo
Tocar
E tornar real o invisível
Tendo como bagagem
Aquilo que deixámos para trás
Não podendo descartar tal
Tendo que adaptar tal aos novos tempos da partida
Sabendo que essa viagem
Demasiadas vezes foi feita
Para esquecer uma determinada ferida…
Entrar em novos mundos
Que em breve se irão transformar em antigos
Tanto pelo tempo que passa
Pelos erros que serão de forma recorrente repetidos…
Mas até lá
Até isso acontecer
Há uma janela de oportunidade
De novidade
Durante a qual
À velocidade da luz
Tudo devemos conhecer
Tudo temos a obrigação de sorver…
Até que chega o tempo ao fim
Chega a hora de mais uma nova partida
E sendo nós cidadãos do mundo
É nesse mundo global que nos devemos movimentar
Em busca de uma casa
A que chamaremos
Quando sentirmos tal
Chamaremos de Lar
E é lá
Que o fogo que nos arde bem dentro
Com assombrosa intensidade
Será mais ténue
E nos permitirá assim descansar
Até que ao acordarmos
Descobriremos
Mais uma vez
Que apesar de amarmos tal
Amarmos essa pessoa
Que está deitada ao nosso lado
Ou essas pessoas
Que esse local
Ainda não é o nosso Lar
Descobrimos então
Com um sorriso nos lábios
Que tudo
Que a busca
Devemos pois recomeçar…