Ir...(ao encontro de uma eventual Imensidão...)
Para cima
Fingindo estar a ir ao fundo
Só para disfarçar
O rasto
Do local para onde vou
Do local onde me apetece estar…
Fazendo reticências
Quando me apetece colocar um ponto final
Recomeçar algo
Tendo outro algo acabado
Sem sentir que terei que voltar atrás
Corrigindo a pontuação
E o mal
Que tanta correcção me faz…
Olhando de frente o horizonte desconhecido
Sabendo que só me resta ele
Sabendo que o que ficou para trás
Tem uma ponte destruída que me separa de tal
Ponte que dinamitei tal
Mental e fisicamente
Porque esse passado
Passado eventualmente a apenas alguns segundos
Magoa-me
Mais do que me satisfaz…
E assim procuro novas fogueiras
Na noite
Novas companhias
Desconhecidas
Que o tempo fará ou não
Amantes
Amigas
Ou meras conhecidas
Com as quais entre chamas
Mais ou menos duráveis
Partilhe um copo
Um cigarro
Uma sensação
A pele
Ou fogueiras apenas
Que sirvam
Para mais uma volúvel
E fátua conversação
Antes que me faça de novo á estrada
Em busca da utopia final
De uma dessas companhias
Ser humana
No corpo da suprema Imensidão…