Cada dia…

É sempre o mesmo

Não é bem assim

Nunca é assim

Mas é assim que tal meço

Pela mania

E pelo vício

De iniciar tudo pelo fim

E não pelo começo…

E tudo começa

Pelo tal fim

O dia começa sob a luz de um sol nuclear

No pessimismo

De ver tudo na mesma

Quando se quer

E se deseja demasiado

Que tudo vá mudar…

Surge então o tal sol

Do fim dos tempos

Da tua fé

Da nossa crença

Tudo parece ser como um domingo

Onde o mundo pára de facto

Mas para descansar

Numa calma

Numa inércia

Que ameaça

O resto dos dias despedaçar

Embora de facto

Cada dia seja diferente do que passou

Há sempre algo que se altera

Ou se possa alterar

Embora tudo pareça deturpado

Na dinâmica existencial

Que nos faz insatisfeitos

Mesmo quando tudo é de feição

Na dinâmica

De gostar do que se tem

Mas com tal

Viver em permanente contradição…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 16/02/2012
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