Cada dia…
É sempre o mesmo
Não é bem assim
Nunca é assim
Mas é assim que tal meço
Pela mania
E pelo vício
De iniciar tudo pelo fim
E não pelo começo…
E tudo começa
Pelo tal fim
O dia começa sob a luz de um sol nuclear
No pessimismo
De ver tudo na mesma
Quando se quer
E se deseja demasiado
Que tudo vá mudar…
Surge então o tal sol
Do fim dos tempos
Da tua fé
Da nossa crença
Tudo parece ser como um domingo
Onde o mundo pára de facto
Mas para descansar
Numa calma
Numa inércia
Que ameaça
O resto dos dias despedaçar
Embora de facto
Cada dia seja diferente do que passou
Há sempre algo que se altera
Ou se possa alterar
Embora tudo pareça deturpado
Na dinâmica existencial
Que nos faz insatisfeitos
Mesmo quando tudo é de feição
Na dinâmica
De gostar do que se tem
Mas com tal
Viver em permanente contradição…