Um pouco…
Apenas um pouco
Da Eternidade
Nos caminhos
Onde se diluem os sonhos
Quando são atravessados
Pela mais crua
E despida realidade…
Nas promessas que fazemos
Mas que nunca iremos cumprir
Não porque não queiramos
Simplesmente
Porque essas promessas vãs
Nunca concretizadas
São parte da magia de existir…
Porque devemos dizer
Coisas que aspiramos
Mas que nunca iremos alcançar
Isso é uma outra forma
De sonhar…
Palavras ou intenções impossíveis
Mas cuja intenção de as concretizar
Nos tornam maiores
Porque outras
Ocuparão o seu lugar
Coisas
Que jamais alcançaríamos
Se não almejássemos tal
Porque por vezes
Para conseguirmos algo
Devemos estabelecer metas
Demasiado longínquas
Um horizonte
Sempre distante
Mas ao caminharmos para ele
Estamos a andar
E depois de começarmos
Esta movimentação
Rumo a um futuro indefinido
Abandonamos o passado
E nada jamais é como dantes…