Quando a mente e o corpo passam por seres os maiores inimigos…

Há certas alturas em que te julgam erradamente perdido

Em que dizem que vives demasiado preso ao limite

Das sensações

Dos sentidos

Querem que duvides para com essas pessoas concordares

E tu acendes um cigarro

Porque to dizem para fazeres

Mas o cigarro está já aceso

E até está no fim

E no entanto tu tens mesmo que o voltar a acender

Porque essa passa por ser a única forma de te fazeres entender…

Com a cabeça bem assente nos ombros

Mas que dizem está algures

Porque não entendem o teu olhar

Que não está distante

Está no meio dessa gente

Que desconhece que não há

Nem pode haver limites entre o céu e o mar…

E sabes bem demais

Onde estás

Onde está a tua mente

O teu corpo

Está entre a terra, o mar e o céu

Algo possível

Tão possível como respirar

E ao mesmo tempo falar

Tudo é pois possível

Desde que os limites que teimamos em impor a nós mesmos

E aos outros por falsa crença

Deturpada convicção

Não nos condicionem

Não nos possam travar

Porque somos de facto todos iguais

Sendo que a falta de sensibilidade

Para compreender as pequenas idiossincrasias individuais

São o nosso pior inimigo

E de facto são elas

O nosso único

Mas bem mortal perigo…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 31/12/2011
Código do texto: T3415698
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