Quando a mente e o corpo passam por seres os maiores inimigos…
Há certas alturas em que te julgam erradamente perdido
Em que dizem que vives demasiado preso ao limite
Das sensações
Dos sentidos
Querem que duvides para com essas pessoas concordares
E tu acendes um cigarro
Porque to dizem para fazeres
Mas o cigarro está já aceso
E até está no fim
E no entanto tu tens mesmo que o voltar a acender
Porque essa passa por ser a única forma de te fazeres entender…
Com a cabeça bem assente nos ombros
Mas que dizem está algures
Porque não entendem o teu olhar
Que não está distante
Está no meio dessa gente
Que desconhece que não há
Nem pode haver limites entre o céu e o mar…
E sabes bem demais
Onde estás
Onde está a tua mente
O teu corpo
Está entre a terra, o mar e o céu
Algo possível
Tão possível como respirar
E ao mesmo tempo falar
Tudo é pois possível
Desde que os limites que teimamos em impor a nós mesmos
E aos outros por falsa crença
Deturpada convicção
Não nos condicionem
Não nos possam travar
Porque somos de facto todos iguais
Sendo que a falta de sensibilidade
Para compreender as pequenas idiossincrasias individuais
São o nosso pior inimigo
E de facto são elas
O nosso único
Mas bem mortal perigo…