Brincando como se fôssemos Imortais…
Jogo de espelhos
É isso que acabamos por fazer
Espelhos como aqueles que há nas feiras
Distorcemos o nosso aspecto
Mas não a nossa alma
Distorcemos o espaço e tempo
Deixando parados os Ideais
Os de sempre
Brincando como se fôssemos Imortais…
E o tempo passa
Não deixa de passar
A cada segundo ficamos mais velhos
E se calhar pessoas diferentes
Como no início deste texto
A distância que o separa do fim
Marca um algo
Que me faz algo diferente
Até para mim…
Mas não
As coisas não têm que ser supostamente assim
Os corpos não se param de envelhecer
Uma evidência de tal forma clara
Que seria estúpido tal contradizer
Mas o resto pode ficar no mesmo local
Se nos abstrairmos da nossa tendência destrutiva
De mesmo o simples
Tendermos a complicar
Esquecermos de tal
Relembrarmos o que é realmente importante
E assim se podem passar até séculos
Que tudo estará como dantes
Sejamos então profanos
Violemos os ditames do tempo habituais
Deixemo-nos perder no meio dele
Brincando como se fôssemos Imortais…