Brincando como se fôssemos Imortais…

Jogo de espelhos

É isso que acabamos por fazer

Espelhos como aqueles que há nas feiras

Distorcemos o nosso aspecto

Mas não a nossa alma

Distorcemos o espaço e tempo

Deixando parados os Ideais

Os de sempre

Brincando como se fôssemos Imortais…

E o tempo passa

Não deixa de passar

A cada segundo ficamos mais velhos

E se calhar pessoas diferentes

Como no início deste texto

A distância que o separa do fim

Marca um algo

Que me faz algo diferente

Até para mim…

Mas não

As coisas não têm que ser supostamente assim

Os corpos não se param de envelhecer

Uma evidência de tal forma clara

Que seria estúpido tal contradizer

Mas o resto pode ficar no mesmo local

Se nos abstrairmos da nossa tendência destrutiva

De mesmo o simples

Tendermos a complicar

Esquecermos de tal

Relembrarmos o que é realmente importante

E assim se podem passar até séculos

Que tudo estará como dantes

Sejamos então profanos

Violemos os ditames do tempo habituais

Deixemo-nos perder no meio dele

Brincando como se fôssemos Imortais…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 27/12/2011
Código do texto: T3409315
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