Uma lágrima no paraíso para uma flor sem tempo…(à M)

Mudam-se os tempos

Não se mudam as vontades

Pois quando o essencial resiste a tudo

Só há uma forma bem antiga de a ele nos referirmos

“Saudade”…

Numa flor que se transformou num tempo sem tempo

Numa lágrima deitada demasiadas vezes

Naquilo que chamo

“Paraíso”

Numa frase feita

Mas que repito até à exaustão

“é de ti que ainda preciso”…

Noite eterna

Por aqui na Terra

Numa realidade que deveria ser bela

Mas que tudo enferma

Rostos novos

Novas pessoas

Um gosto a lugar comum

Que invade os sentidos

Porque onde estou

Jamais estarás tu

Porque afloram à minha mente

Frases ditas

Que não faziam sentido

Mas que com o tempo

Passaram a fazer demasiado

No travo amargo

Excessivo

De já não estares comigo

Mas não é por ter deixado de acreditar

Em finais felizes

Que realmente

Deixarei de neles ter uma secreta

E sublimar fé

Na simpatia

Na empatia

Que jamais

Deixarei

Que alguém possa apagar

Nem mesmo eu

Porque no fim de todas as coisas

É isso e apenas isso

Que te dei

Que desde sempre

Tive para dar…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 30/08/2011
Código do texto: T3190622
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