Uma lágrima no paraíso para uma flor sem tempo…(à M)
Mudam-se os tempos
Não se mudam as vontades
Pois quando o essencial resiste a tudo
Só há uma forma bem antiga de a ele nos referirmos
“Saudade”…
Numa flor que se transformou num tempo sem tempo
Numa lágrima deitada demasiadas vezes
Naquilo que chamo
“Paraíso”
Numa frase feita
Mas que repito até à exaustão
“é de ti que ainda preciso”…
Noite eterna
Por aqui na Terra
Numa realidade que deveria ser bela
Mas que tudo enferma
Rostos novos
Novas pessoas
Um gosto a lugar comum
Que invade os sentidos
Porque onde estou
Jamais estarás tu
Porque afloram à minha mente
Frases ditas
Que não faziam sentido
Mas que com o tempo
Passaram a fazer demasiado
No travo amargo
Excessivo
De já não estares comigo
Mas não é por ter deixado de acreditar
Em finais felizes
Que realmente
Deixarei de neles ter uma secreta
E sublimar fé
Na simpatia
Na empatia
Que jamais
Deixarei
Que alguém possa apagar
Nem mesmo eu
Porque no fim de todas as coisas
É isso e apenas isso
Que te dei
Que desde sempre
Tive para dar…