A Elevação aos Céus…
Será feita com a partilha
Tanto de dons
Virtudes
Ou meros pecados
Íntimos
Porque o todo é feito pelas partes
E só assim
É possível
Ter alguém
De corpo e alma
A seu lado…
Na redenção
Espiritual
Religiosa
Ou meramente filosófica
De quem vive para a vida
E não para um eventual purgatório
Onde eventualmente se irá arrepender
Por aquilo que lhe deu o virtuosismo
Que foi viver
Por viver…
Sem que nessa vida
Se tenham feito estúpidas concessões
De ter vendido a alma a um qualquer diabo
Só para ter alguém com quem estar
De todo
Ou meramente para conversar…
Porque
A Elevação aos Céus
Será de quem foi igual à figura que tem perante o espelho
De todos os tempos
E para além de tal
Muito para além disso
Sem grandes alterações
Que tenham desvirtuado a sua essência
Presente apenas a certa altura
Numa mesma aparência
Foi de quem foi igual a si mesmo
Sem demasiadas concessões
Não por uma questão de moral
Ou de simples teimosia
Mas porque a tal essência
É tudo o que temos
Desde a nascença
Até a um previsível final
E se formos infiéis à tal
Não seremos fiéis a nada
E muito menos a nós próprios
Temos o direito
E devemos evoluir
Mas jamais poderemos apagar
Realmente aquilo que somos
Somos como somos
E sempre assim o seremos
E se formos o contrário
Viveremos no engano
De quem vive apenas por instinto
E não alicerçados nos pilares fundamentais de uma personalidade
Que são o tal instinto
E a razão
Nada nos diferenciara pois de nada
Sendo que será totalmente irrisória
A tal
Elevação aos Céus
Suprema parvoíce aspirar então
Que os teus sonhos sejam também os meus…