Nem mais um soldado anónimo…
Deverá repousar
Nesta vala comum
E anónima
Onde encerrámos a nossa civilização
Numa luta que se quer perdida
Que corre nos corredores das bolsas do centro do universo
Até
À mais desconhecida rua do Islão…
Dilacerados entre a sobrevivência
Numa liberdade que dizem total
E noutra que não o é nem de facto
Nem de forma virtual
Mas ambas se caracterizam
Por serem
Na mente a quem esta palavra for criada
Nos dias de hoje
Algo de oco
Algo de banal…
Porque não existe
Tal não passa de uma mera ilusão
Com a qual nos querem entreter
Enquanto nas ruas
Do esplendor máximo da humanidade
Demasiada gente
Nada mesmo tem
Nem mesmo para comer…
E assim
Nada diferencia um soldado
De farda
De um campo de batalha clássico
Com aqueles que apesar de não o serem
O são de facto
Porque quando um homem luta
Até à morte
Pelo seu futuro
Pelo seu presente
Que é isso senão uma batalha?
Que dizem
(Quem elegemos para nos comandar
E que esqueceram as suas origens
Ou quem os levou até às torres de marfim)
Que ela está perdida
Em palavras demasiado vulgares
Que o tempo não irá recordar
Pois quando a moda
Do parecer ser
Parecer estar passar
Quando as coisas voltarem ao seu devido lugar
A guerra será ganha
Pois quem vence de facto
É quem não se rende
Apesar de aparentemente o parecer
A guerra será ganha
Por aqueles que acreditam numa ideia
Num ideal
Pois como toda a gente sabe
Os homens podem-se abater
Mas uma ideia
É algo de imune a todas as circunstâncias
Algo de Imortal…