Nem mais um soldado anónimo…

Deverá repousar

Nesta vala comum

E anónima

Onde encerrámos a nossa civilização

Numa luta que se quer perdida

Que corre nos corredores das bolsas do centro do universo

Até

À mais desconhecida rua do Islão…

Dilacerados entre a sobrevivência

Numa liberdade que dizem total

E noutra que não o é nem de facto

Nem de forma virtual

Mas ambas se caracterizam

Por serem

Na mente a quem esta palavra for criada

Nos dias de hoje

Algo de oco

Algo de banal…

Porque não existe

Tal não passa de uma mera ilusão

Com a qual nos querem entreter

Enquanto nas ruas

Do esplendor máximo da humanidade

Demasiada gente

Nada mesmo tem

Nem mesmo para comer…

E assim

Nada diferencia um soldado

De farda

De um campo de batalha clássico

Com aqueles que apesar de não o serem

O são de facto

Porque quando um homem luta

Até à morte

Pelo seu futuro

Pelo seu presente

Que é isso senão uma batalha?

Que dizem

(Quem elegemos para nos comandar

E que esqueceram as suas origens

Ou quem os levou até às torres de marfim)

Que ela está perdida

Em palavras demasiado vulgares

Que o tempo não irá recordar

Pois quando a moda

Do parecer ser

Parecer estar passar

Quando as coisas voltarem ao seu devido lugar

A guerra será ganha

Pois quem vence de facto

É quem não se rende

Apesar de aparentemente o parecer

A guerra será ganha

Por aqueles que acreditam numa ideia

Num ideal

Pois como toda a gente sabe

Os homens podem-se abater

Mas uma ideia

É algo de imune a todas as circunstâncias

Algo de Imortal…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 13/08/2011
Código do texto: T3157664
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