A Gata de Botas

Essa poesia foi inspirada no texto de meu amigo Dito " Minha Gata". A propósito amigo Dito obrigada por todas as vezes que incentivou minha paixão pela dança e me fez nas noites de sábado deixar de chorar no papel e riscar o salão da gafieira como quem chora charmosa na ponta dos pés, sem medo de ser feliz. Obrigado e hoje através dessa poesia divido com você esse salão...

Meu amigo tem uma gata

Faceira , manhosa e mestiça a ângora

Até que um dia pelos telhados do mundo ela resolveu se aventurar

E o poeta Dito que é sempre tão alto astral pela primeira vez vi chorar

Pôs em cima da mesa seu inseparável chapéu

Sem aquela gata eu não posso ficar amiga Raquel

Pensei com meus botões eu preciso ajudar

Ninguém é feliz vendo a tristeza os olhos de um amigo estampar

Ah! Dito hoje é sábado deixa de besteira

Manda a saudade só doer na segunda feira

Dor de amor a gente cura é no balanço da gafieira

Cavalheiro ficou me esperando na porta com aquele sorriso de gratidão

E lá vem eu uma gata de botas compradas em 3 vezes sem juros no cartão

Assim que no salão nós chegamos

A tristeza ficou para trás

Foi para a pista o rapaz do Rio Grande de Norte e a moça de Batatais

Aquele jeito dele malandro que tem um swing no pé

E eu no meu molejo descobrindo que menina também malícia de mulher

Tudo no maior respeito sem perigo algum não

O que nos une é a poesia , a dança e a amizade de coração

A essa altura da noite ele já era outro rapaz distribuindo sorrisos ao léu

Na mão esquerda segurava com firmeza o inconfundível chapéu

Enquanto a mão direita segurava era a cintura da morena Raquel

E juntos no salão a incendiar

Enquanto a gata fujona de volta arranhava a porta sem parar

Os felinos de vez em quando dão uma voltinha mais sempre voltam para o seu lar

Ela vai quietinha esperar no tapete da porta seu dono chegar

Nem sempre a vida é feita de xêros mais sempre tem que continuar

E quando a gafiera já quase no seu final

Ele diz que vai me acompanhar por segurança até o portão

Eu faço aquele beiçinho e sussuro que não precisa se incomodar não

O poeta agradeçe e argumenta olhando nos meus olhos como essa noite foi muito legal

Em cima das botas eu coloco minhas garras no seu ombro e ronrono

Miaaauuuuu...

Raquel Cinderela as Avessas
Enviado por Raquel Cinderela as Avessas em 15/06/2011
Código do texto: T3037105